RESUMO Objetivo: Descrever as vivências de conforto e desconforto de mulheres que se submeteram à braquiterapia para tratamento de câncer do colo uterino. Métodos: Estudo qualitativo, desenvolvido em 2013, embasado na Teoria do Conforto de Kolcaba e realizado por meio de entrevistas semiestruturadas com oito mulheres que concluíram o tratamento há, no mínimo, seis meses. Resultados: Sobressaíram os seguintes desconfortos: dor do procedimento e dos efeitos pós-tratamento, no contexto físico; medo do desconhecido e do sofrimento, falta de acompanhante, estresse por sentir-se constrangida durante o tratamento, baixa autoestima e trauma psicológico pós-terapia, no contexto psicoespiritual. As medidas de conforto consistiram no diálogo com o profissional, administração de medicações e uso da fé e espiritualidade. Conclusão: Os resultados oferecem subsídios para a prática de profissionais de saúde em relação aos confortos e desconfortos que merecem ser alvo de intervenções na assistência à mulher com câncer.
ABSTRACT Objective: To describe the experiences of comfort and discomfort in women who underwent brachytherapy for the treatment of cervical cancer. Methods: Qualitative study carried out in 2013, based on Kolcaba comfort theory and conducted through semi-structured interviews with eight women who have completed treatment, at least, six months ago. Results: The following discomforts stood out: pain in the procedure and in the post-treatment effects, in the physical context; fear of the unknown and suffering; lack of a companion; stress due to embarrassment during treatment; low self-esteem; and post-therapy psychological trauma, in the psycho-spiritual context. Comfort measures consisted in dialogue with the professional, medication management and use of faith and spirituality. Conclusion: The results provide support for the practice of health professionals in relation to comfort and discomfort that deserve to be the target of intervention in terms of the assistance to women with cancer.
RESUMEN Objetivo: Describir la experiencia de comodidad e incomodidad en mujeres que se sometieron a la braquiterapia para tratar el cáncer de cuello uterino. Métodos: Estudio cualitativo realizado en 2013, basado en la teoría de comodidade de Kolcaba y realizado con ocho mujeres que completaron el tratamiento hace por lo menos seis meses. Resultados: Se destacan las incomodidades: dolor del procedimiento y de los efectos después del tratamiento, en el contexto físico; miedo a lo desconocido y al sufrimiento, el estrés por sentirse avergonzada durante el tratamento y baja autoestima y trauma psicológico después de la terapia, en el contexto psicoespiritual. Las medidas para sentirse confortables consistieron en el diálogo com el profesional, administración de medicamentos y el uso de la fe y la espiritualidad. Conclusiones: Los resultados proporcionan subsídios para la práctica de los profesionales de la salud relacionada con las comodidades e incomodidades que merecen intervenciones en la atención de las mujeres con cáncer.